Na minha concepção, existem basicamente dois tipos extremos de pai: o pai grude e o pai provedor. “Nossa, você está generalizando!”, pode ser a reação do ativista de Facebook, mas calma, crianço, eu explico.
O mal do século
Dentro dessas duas classes, existem vários níveis e balanços, de forma que é possível um pai ser são 50% grude e 50% provedor, mas essa divisão é importante para exemplificar a forma que os pais agem com seus filhos. Isto posto, você pode perguntar “mas o que você quer dizer com ‘pai provedor’ e ‘pai grude? É simples:
Pai Provedor
Definição: trabalha para dar tudo do bom e do melhor para os filhos, nem que signifique trabalhar até tarde, ter dois empregos (Julius mandou um abraço) ou ficar na empresa nos fins de semana. Chega em casa exausto, dá um beijo na esposa, um abraço no filho e deita no sofá, louco para relaxar. Não se importa de deixar os filhos com a mãe ou a sogra para poder sair sozinho com a esposa. Responde as investidas da criança sedenta por atenção com frases curtas do tipo “legal, filho”, “que lindo” e “é mesmo? Puxa!”.
Definição: trabalha para dar tudo do bom e do melhor para os filhos, nem que signifique trabalhar até tarde, ter dois empregos (Julius mandou um abraço) ou ficar na empresa nos fins de semana. Chega em casa exausto, dá um beijo na esposa, um abraço no filho e deita no sofá, louco para relaxar. Não se importa de deixar os filhos com a mãe ou a sogra para poder sair sozinho com a esposa. Responde as investidas da criança sedenta por atenção com frases curtas do tipo “legal, filho”, “que lindo” e “é mesmo? Puxa!”.
- Prós: Alto potencial de dar ao filho saúde e educação de qualidade; consegue assistir todos os jogos de futebol que quer; não precisa trocar o terno do trabalho logo antes de sair para uma reunião importante porque o bebê acidentalmente vomitou leite na lapela;
- Contras: Perder as pequenas conquistas do crescimento da criança; confundir o nome dos filhos por não lembrar que o loirinho que é o Luiz; chorar de desespero quando precisa trocar uma fralda de cocô; tentar um galanteio romântico na esposa no fim da noite e ouvir um “hoje não, estou muito cansada”.
- Possíveis dificuldades: Não saber responder quantos anos o filho X tem ou em que série da escola ele está; Se ver obrigado a comprar carinho dos filhos com presentes e viagens quando finalmente perceber que, para eles, você é só um banco; ouvir a esposa reclamar que não a ajuda o suficiente.
Exemplo de pai provedor
Pai Grude
Definição: independente de sua ocupação, gasta todo o tempo livre possível para ficar com o(a) filho(a), desde ficar com o rebento no colo até brincar com seus brinquedos ou assistir desenhos com ele(a). Larga a criança apenas para comer, ir ao banheiro e quando ela está dormindo. Às vezes nem quando está dormindo.
Definição: independente de sua ocupação, gasta todo o tempo livre possível para ficar com o(a) filho(a), desde ficar com o rebento no colo até brincar com seus brinquedos ou assistir desenhos com ele(a). Larga a criança apenas para comer, ir ao banheiro e quando ela está dormindo. Às vezes nem quando está dormindo.
- Prós: Participa ativamente do crescimento da criança; ajuda mais a mãe; sabe se virar com a criança em caso de alguma adversidade.
- Contras: Alto potencial de mimar a criança; alto potencial de ser super protetor; não reserva muito tempo para si ou para sua cônjuge.
- Possíveis dificuldades: Não conseguir terminar aquela série que está na quarta temporada e você só viu o episódio piloto; Esquecer de reservar o restaurante para o aniversário de casamento; Começar a falar palavras como “auau” e “popô” em conversas corporativas e sociais; ouvir a esposa reclamar que não a ajuda o suficiente (sim, esse o pai vai ouvir de qualquer forma. É uma constante).
Exemplo de mãe/pai grude
Duvido que haja algum pai que seja 100% de um jeito ou de outro. No máximo, deve ter algum que é 99% grude, mas aquele 1%... (sim, eu escrevi isso só pra poder fazer a piada do Safadão. Me desculpem).
99% das pessoas que fazem piadas com porcentagem usam o Safadão, mas aquele 1%...
Continuando… Creio que o importante é tentar encontrar um bom balanço entre os dois tipos, de forma que se adapte tanto à necessidade de atenção e carinho da criança quanto da saúde mental e social própria e do casal. Algumas crianças tendem a ser mais carentes, enquanto outras gostam de ter sua independência. Cabe aos pais analisar o comportamento do filho e moldar o seu modo de agir, mas sem nunca esquecer que é muito importante ter um tempo para si. Além do mais, como diz esse ótimo artigo, a criança não pode ser o centro das atenções na casa. Por isso, seja grude, seja workaholic, mas acima de tudo, seja presente.
“Ah, e quanto aos pais ausentes ou que não ajudam em nada?”... Bem, sobre esses, vou deixar o meu bróder Beethoven dizer o que eu penso: