Semana passada tive uma noite atípica: além de ter acordado no meio da madrugada com dor de cabeça e ter esquecido de guardar o carro na garagem - coisa que fui fazer às 3h30 - o meu filho acordou nesse meio tempo. Ele raramente tem despertado no meio da noite, mas nesse dia ele já estava de pé no berço e todo alegrinho, querendo brincar. Logo, embarquei numa instigante aventura, a fim de tentar fazê-lo dormir novamente.
Foi quase assim
Não entendo porque as crianças lutam tanto contra o sono, já que dormir está entre as melhores coisas que Deus criou. Quem tem filho sabe como, dependendo do dia, eles parecem entrar numa queda de braço contra a vontade de embarcar no expresso do sonhos. No caso do meu filho, dá pra saber exatamente a hora que ele desiste de vez de dormir: ele tira a chupeta, começa a mandar beijos e bater palmas. Às vezes tento deitar com ele na cama, no escuro, e fingir estar dormindo, mas apenas me torno alvo de seus tapas e puxões de cabelo - isso quando não acabo dormindo antes dele.
"...e todos viveram felizes para sempre! FIM! Boa noite, papai!"
Quando finalmente a luta termina e sono vence, chega o segundo estágio: colocá-lo naquela armadilha desconfortável, fria e cheia de espinhos chamada BERÇO. Não que ele seja assim de verdade, mas é o que parece ser aos olhos do guri, já que basta deitá-lo no berço que ele já desperta de volta, se levanta e quer continuar brincando. É necessário um timing muito perfeito para saber exatamente quando ele está num sono profundo o suficiente para não voltar a acordar e não despertar de vez, te dando trabalho por mais, pelo menos, 30 minutos.
... E a luta continua!
Contudo, acredito que toda criança tenha uma fraqueza, a sua própria kriptonita na hora de fazer dormir: tem crianças que gostam que acariciem o cabelo, outras que passem a mão em suas costas, e tem até as que curtem que passem o dedo na extensão do nariz - sim, eu já conheci uma que era assim. No caso do meu filho, o ponto fraco é a orelha - basta passar o dedão por toda a orelha, fazendo movimentos circulares, e ele logo embarca. Mas, obviamente, isso não é garantia de que será uma soneca demorada.
É como apertar o botão de desligar
Voltando à aventura que citei no início do texto, ele só pegou profundamente no sono às 5 da manhã, enquanto eu já tinha cochilado e acordado dezenas de vezes. Mas o mais impressionante é que, depois de todo esse trabalho para fazê-lo dormir, minha dor de cabeça passou. Talvez ele tenha sido o remédio que eu precisava naquele momento.
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