segunda-feira, 18 de julho de 2016

2 anos de Brucioêine


Hoje é o aniversário de 2 anos do guri. Era uma data que estava sendo esperada cheia de expectativas, pois há uns 2 meses tivemos uma confirmação do médico que seria possível remover a estenose através de cirurgia e, consequentemente, a traqueostomia. Logo, já estávamos nos preparando para ensinar nosso filho a assoprar as velinhas no dia da festa.

Não seja esse amiguinho

Mas o destino - novamente, aquele sarrista - tratou de nos pregar mais uma peça: a cirurgia demorou por conta da burocracia do plano de saúde, e embora a cirurgia - feita no início do mês - tenha sido um sucesso, nosso filho não deu conta de respirar sem o auxílio da traqueostomia. Algo “comum”, segundo o médico, pois ele já havia “desaprendido” a respirar com nariz e boca. Imagine.

No frigir dos ovos, a solução foi colocar novamente a traqueostomia, e fazer a retirada aos poucos, diminuindo a largura da cânula de traqueostomia periodicamente, de acordo com a capacidade respiratória do bacuri. Resultado: ele vai passar o aniversário de 2 anos dentro do hospital.

viva... (...) ¬¬

É um sentimento agridoce, pois ao passo que sabemos que já foi retirado o que o impedia de respirar normalmente, ele ainda permanece com aquele “caninho” no pescoço. Estávamos já consolados em esperar até 3, 4 anos de idade - segundo a primeira previsão do médico - para a retirada, mas ouvir que seria possível retirar antes dos 2 anos nos fez imaginar e fantasiar tudo o que não tivemos quando ele tinha a idade em que normalmente as crianças começam a falar.

Não vai dar para soprar as velinhas de 2 anos, mas espero que no aniversário de 3 ele já possa cantar - mesmo que errado - a canção de parabéns. E que Julho de 2017 nos dê um descanso, porque passar o mês no hospital pelo quarto ano seguido seria para deixar qualquer um louco.

Feliz aniversário, moleque! Esse ano não vai ter festa, mas ano que vem vai ser de arromba!

Disney: nos aguarde!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Curtinha #2


Voltando do trabalho de bicicleta, lembro que não há comida em casa e minha esposa não está lá - ou seja, o milagre da geração espontânea de alimento não irá acontecer. No caminho, passo em uma lanchonete, de onde eu tenho um cupom de desconto para um sanduíche e um refri, para levar o lanche para casa. Percebo a burrada que fiz no momento em que a atendente me entrega o sanduíche com a bebida em um copo de plástico com tampa para o canudinho, numa embalagem de papel para viagem. Penso "como vou levar isso de bicicleta???". Abro a mochila e coloco o pacote com todo o cuidado num canto, cercando-o com todos os pertences que possuía. Pedalo em direção à minha casa, passando pelos 8km de trechos tortuosos e sinuosos, com direito a subidas íngremes, descidas mais íngremes ainda, além de um trecho de brita e uma ponte de tábuas de madeira, inclinando e reclinando o corpo a fim de evitar ao máximo o chacoalhar a mochila. Ao chegar em casa, já desiludido, imagino que meu lanche e minha mochila estão lavados por xarope de caramelo. Surpreso, vejo que apenas uma quantidade ínfima de refrigerante molhou apenas um pedaço do fundo da embalagem, mantendo lanche, mochila e pertences secos. Penso “vitória!”. Fim.



“Tá, mas o que isso tem a ver com o tema do blog, sobre paternidade e tudo mais?”, você pode perguntar. Bem, é simples: todo pai, principalmente os de primeira viagem, se sente inseguro por várias vezes, sem ter certeza que tem capacidade de cuidar do seu rebento em todas as ocasiões possíveis. Bem, se eu consegui cuidar de um copo de refrigerante com tanto esmero, sinto que posso fazer qualquer coisa para garantir a integridade do meu rebento!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

2 anos de Um Ser Pai!

YAY!

Admito que não tinha ideia sobre o que escrever hoje. Ao passo que parece ser um dia importante, comemorativo, legal, bem loco, empolgante, minha mente estava num branco só.

LEITE!

- Pensei em escrever sobre a evolução do blog nesse último ano, mas ela foi pequena. Eu diminuí o número de textos por motivos de força maior, e o número de seguidores cresceu pouco;

- Pensei em escrever sobre a evolução do meu filho, mas isso eu faço nos textos, sempre que possível;

- Pensei em fazer igual ano passado e implorar por likes, comentários e compartilhamentos, mas achei que iria ficar repetitivo;

- Pensei em encerrar o blog, mostrando a estrada percorrida até aqui e assumindo que não estou dando a atenção merecida ao blog;

- Pensei em virar hippie e viver da minha arte, das coisas que a natureza dá, mas aí lembrei que tenho um filho pra alimentar.

A Milena aprovaria essa vida

Quando já estava até desistindo de publicar algo, eis que ontem - às 22h (horário que a criança nem devia mais estar acordada) - eu passei meia hora assistindo, bobo, meu filho andar de um lado a outro da sala, empolgado, dando risadas e aplaudindo a si mesmo pelo feito. Foi a primeira vez que ele andou sozinho e em grandes distâncias (levando em consideração que 2 metros é uma grande distância para ele). Se for contar o percurso de ida e volta dele durante esses 30 minutos, ele facilmente está pronto para a meia-maratona nacional de bebês até 2 anos de idade. Chance de medalha!!

Usain Bruce

Ignorando a empolgação paternal que te faz babar por qualquer coisa que o filho faz, imaginei que aquela era a forma dele me relembrar dos motivos que criei o Um Ser Pai, e que essa data deveria SIM ser comemorada. Foi como se ele me dissesse “siga em frente!” (♫ olhe para o lado ♫)

Então, segue o barco! Vamos para mais um ano de blog! Rumo a um milhão de compartilhamentos! (Sonhar não custa nada, não é?)