No jornal, pela manhã, passou uma reportagem sobre a visita do escritor Nicholas Sparks aqui no Brasil. Em um determinado momento, uma garota, aos prantos, apareceu para abraçá-lo na sessão de autógrafos e nem conseguia dar entrevista depois. Pensei comigo mesmo “caramba, tudo isso só por conhecer o escritor?”. Algumas horas depois fui dar um lanche para o pequenote. Decidi tentar dar uma bolacha (biscoito? Vocês decidem), já esperando sua rejeição. Para minha surpresa ele não só pegou a bolacha como começou a comer sozinho, arrancando pedaços com seus dentinhos e mastigando direitinho. Meus olhos encheram de lágrimas. Pode parecer besteira, mas só quem acompanhou toda a história do guri irá entender o quão significativo foi isso, já que as lesões cerebrais causadas no ano passado o fizeram regredir em muitos pontos, inclusive na deglutição - ele evitava mastigar, cuspia pedaços de comida que julgava “grandes demais” e muito raramente levava algum alimento à boca. Percebendo isso, vi o quão injusto estava sendo com a menina fã do Nicholas Sparks: o choro dela com certeza tinha uma razão de existir, razão que só ela sabe o peso que tem. Cada um tem uma história e não cabe a ninguém julgar. Então, desculpa, garota-que-apareceu-chorando-na-reportagem.
COMPARTILHEM ATÉ CHEGAR À GAROTA. (não custa tentar, né?)
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