Esse foi, de longe, o ano mais louco que já vivi. Não só pelo fato de ter virado pai, mas por tudo que isso englobou. Quem acompanhou ou leu a respeito de como foi o nascimento e o período que se estendeu após isso, sabe do turbilhão que passamos, além de outras correrias, e surpresas, e acontecimentos. Pessoas que achei que ficariam mais próximas de nós exatamente por causa do nascimento do nosso filho se distanciaram (e algumas tiveram a pachorra de dizer que nós “sumimos”, como se não soubessem do período de 3 meses que tivemos que ficar entocados em casa), já outros que estavam mais distantes, se aproximaram. Teve alguns, ainda, que surpreendentemente se dispuseram a nos ajudar e apadrinhar o guri sem que esperássemos, mesmo porque não achávamos que estariam tão conectados conosco ao final da epopeia da eclosão bebezística. De certa forma, o meu início de ano passou quase despercebido exatamente pela quantidade de experiências que aconteceram do segundo semestre para cá. 2014 me proporcionou três aprendizados que levarei para a vida toda:
1- Se sua mulher está grávida, leve-a ao médico ao menor sinal de desconforto. Pode ser só gases, mas leve-a ao médico ou a um hospital. Não adianta levar só na maternidade, veja um local que atenda ambos, pois maternidade só cuida direito da criança;
2- Amigos de verdade não mandam só mensagens perguntando se “estão todos bem”, mas ligam ou batem à nossa porta para ter certeza. Acima de tudo, fazem questão de estarem conosco, principalmente quando são convidados;
3- O mais importante: você só se torna adulto após ser mãe/pai. Não é com 18 anos, não é quando sai da casa da mãe, quando compra seu primeiro carro ou quando se casa. A responsabilidade de cuidar de uma vida extrapola qualquer conta que vence no fim do mês, qualquer infração de trânsito que você possa cometer, todas as tarefas que seu chefe quer que você termine antes das 17h de sexta-feira ou aquele ingrediente crucial para a receita e que você esqueceu de comprar no mercado - e sua esposa provavelmente irá te matar por isso. Ter um filho é rever suas prioridades, abdicar de quase todo o seu desejo próprio em prol da saúde e da segurança de uma pessoinha em miniatura que só tem um sorrisinho banguela pra te oferecer como retribuição a toda essa dedicação. Mas esse sorrisinho vale muita coisa, como vale…
Feliz ano novo!