Eis que passo meu primeiro natal como pai, e eis que não mudou muita coisa. Acredito que vou sentir o peso de ser um pai nas festividades natalinas só quando ele tiver idade pra me pedir uns beyblades de presente. Nem me vestir de papai noel serviria, já que nem tenho barba e minha pança só tá uns 20% do necessário para fazer o papel do bom velhinho.
Beyblade de pobre.
Mas se para mim não foi surpreendentemente impactante, não posso falar o mesmo da minha família. A chegada do guri causou furor no recinto: tias se descabelando, primos brigando entre si, madrinha empurrando tio pela escada para chegar por primeiro, entre outros ocorridos que só se vê na TV à tarde, no programa da Márcia.
Falando nisso, ainda existe o programa da Márcia?
O fato é que ele passou grande parte da noite dormindo. Outra boa parte mamando e um tanto de tempo chorando - afinal era muita gente estranha para ele, fazendo caretas e barulhos semelhantes a um apocalipse zumbi. Mas o impressionante mesmo foi a capacidade dele conseguir dormir tanto. A minha família é grande e do tipo italiana, com uma ou duas tias e umas duas primas que, quando se empolgam, facilmente adquirem a habilidade de se tornarem supersônicas. Ainda assim, ele estava tendo o sono dos anjos.
Nem precisou de um desses
Acho que a tal “magia do natal” aconteceu mesmo na hora da entrega de presentes: ele ganhou muitos, de brinquedos a roupas, além de acessórios que serão de grande valia. Após anos ganhando de presente apenas meias e uma ou outra camiseta, vi o carro cheio de papéis de presente e sacolas na hora de ir embora. Apesar de não serem para mim, me lembrei de como era divertido o natal quando era criança: a expectativa de dar meia noite para poder abrir os presentes, a ansiedade para saber quem me daria o quê, os abraços de agradecimento e as brincadeiras com os primos. Aí eu tive a certeza que a tendência é que cada natal seja mais alegre, ano após ano. Mesmo que eu tenha que comprar barba e barriga postiças - ou começar a comer muitos donuts.
Feliz Natal!
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