sábado, 18 de abril de 2015

Naninha

Dentre todos os mistérios que envolvem o comportamento dos bebês, o mais difícil de entender é a briga na hora de dormir. Seja uma soneca depois do almoço ou à noite, o bebê parece não querer admitir que está com sono e prefere brincar, brigar e chorar ao invés de se entregar aos doces sonhos.

"zzzz... OBA! ... zzzz..."



A bateria dos bebês é exatamente como gostaríamos que as dos nossos notebooks se comportasse: ao invés de dar um aviso de “a bateria está com apenas 10% de carga”, para dali a 30 segundos apagar a tela, os bebês praticamente dizem “a bateria está com apenas 3% de carga, mas vou fazer de tudo pra esses 3% valerem por 30!”.


bateria acabando? CORRE PEGAR O CARREGADOR!


Ah, se eles soubessem a briga que vai ser pra acordar pra ir àquela aula de história da arte às 7h30 da manhã de uma segunda-feira chuvosa de Agosto, ou como aguardarão ansiosamente por aquele sábado após uma semana inteira de trabalho para, enfim, dormir 8h seguidas. Ou então, se soubessem a bênção dos céus que é poder desfrutar de um feriadão de quatro dias igual a este que estamos, nem que seja para não fazer nada, apenas descansar…


Concordo, Chapolin


Mas não, eles não sabem que dormir está entre os maiores prazeres que Deus criou. Dormir é tão bom que até Ele descansou no sétimo dia, provavelmente porque pensou “preciso aproveitar antes que não me deixem mais em paz!”. Melhor ainda que dormir, é comer e dormir. Aí o ciclo está completo: aquela dormidinha depois do almoço de domingo deveria ser lei - e quem perturbar esse sono deveria ser punido e jogado na masmorra (principalmente se for algum agente de telemarketing).


MASMORRA.


Quem sabe um dia a humanidade descubra o motivo pelo qual os bebês preferem ficar horas reclamando e erguendo a cabeça para logo depois deitá-la no local mais próximo - como quem luta com o fim de suas forças contra um inimigo poderoso - a simplesmente dormir. Bebês, o sono não é seu inimigo, pelo contrário: é um amigão. Um amigão com quem você vai ter desejado ter passado mais tempo quando chegar à idade adulta.

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