Eu sou uma pessoa calma e tranquila em essência, do tipo que evita conflitos - inclusive arcando com alguns danos colaterais de vez em quando. Mas se tem uma coisa que consegue me tirar do sério é o trânsito - e as pessoas burras e ignorantes que permeiam nessa selva automotiva.
"Que dia maravilhoso!"
Apesar disso, nunca fui um transgressor das leis de trânsito e do bom senso, apenas era um pouco mais agressivo no quesito “andar na velocidade da via” ou “você não vai me passar pela direita, seu babaca”. Talvez seja pelo anseio de justiça que tenho, tentando compensar minha falta de altura e poder de intimidação nos locais onde tenho o mesmo tamanho que os outros - no caso, o tamanho do carro.
"Cada um paga o seu!"
O maior problema disso - além de arriscar esbarrar em algum psicopata bêbado ou num filho de político - é ter a plena consciência que esse comportamento teria que mudar no momento que instalei a cadeirinha do bebê pela primeira vez no meu carro: a partir do dia que meu guri passou a andar comigo de carro, os cuidados - e a paciência - tiveram que aumentar exponencialmente. Estou atrasado? Fazer o quê. O cara virou sem dar seta? Ainda bem que não causou um acidente. Cruzou a fila de carros pela esquerda pra virar para a direita no cruzamento? ESPERO QUE ENCONTRE UM POSTE SEU FILHO DA… Quer dizer, espero que chegue em seu destino intacto e sem causar problemas para terceiros.
"Controle-se, pessoa!"
Agora, mesmo que ele não esteja comigo, eu já dirijo mais calmo, com mais cuidado e mais tolerante à estupidez alheia. Mais do que cuidar da criança - que é visivelmente mais frágil - eu passei a cuidar mais de mim mesmo, afinal ele depende de mim muito mais do que apenas para ter carona até a casa da vó ou para ir ás consultas médicas.
"Pra casa da vovó. AGORA!"
Claro que nem tudo são flores na vida de Joseph Klimber, ainda tenho algumas recaídas, mas estou trabalhando nisso. O importante é ter em mente que há muito mais em jogo que um amassado ou pagar a franquia do seguro do carro: preciso fazer o safari urbano e voltar inteiro pra casa.
convivo com isso diariamente, amigo. compartilho do mesmo sentimento com relação aos estrumes condutores que temos no trânsito das cidades... mas a paciência, que servirá de exemplo aos nossos pequenos, vai ser melhor pra nós. vamos praticar mais. parabéns pelo blog.
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