Hoje meu filho faz um ano de vida. Apesar dos problemas médicos das últimas semanas, ele continua vivo, saudável, não bebe, não fuma, não fez nenhuma tatuagem e não demonstra traços de traumas psicológicos. Logo, acredito que fiz um bom trabalho como pai nos últimos 365 dias.
Filho, só quando fizer 18... ANOS, ok?
Muitos falam que “eles crescem tão rápido”, ou que “parece que foi ontem que peguei ele pela primeira vez”. Eu vou na contramão e digo que estava contando os dias pra fechar esse ano. “Nossa, mas que pai insensível!” você pode pensar, mas calma - eu explico.
Ele nasceu prematuro, passou 18 dias numa encubadora. 18 longos dias. Depois, por conta da prematuridade, foram 3 meses de cuidados extremos pra mantê-lo longe de qualquer doença. No meio disso, o fato dele ter nascido com os pés tortos nos fez correr com ele para cima e para baixo, colocando gesso, tirando gesso, tirando raio-x, arruma de cá, aperta de lá, até ele começar a usar a bota ortopédica - que ele não pode tirar de forma alguma (exceto banho) até começar a andar por conta própria.
Ou seja: quis eu que o tempo passasse mais rápido pra vê-lo sofrer menos - e isso foi intensificado com a internação no hospital no último mês. Por isso, essa é uma data para ser comemorada, não só para celebrar a vida, para ensiná-lo a fazer o “1” com o dedo quando perguntarem quantos anos ele tem, pra ter uma desculpa de fazer festa e comer quantas coxinhas eu quiser sem culpa alguma, mas sim para marcar um período difícil não só pra nós, pais, mas pra ele também, que ele enfrentou com maestria e com um sorriso fácil no rosto.
Fuck yeah!
Feliz aniversário, guri. E que daqui em diante os dias passem mais rápido!
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