terça-feira, 1 de setembro de 2015

Cabelo, cabeleira...


Nesse fim de semana levei o guri - com pesar - para seu primeiro corte de cabelo. “Mas por que com pesar?”, você pode me perguntar. Bem, esse é um dos casos de “pai que quer realizar seus desejos através do filho”.

Durante minha adolescência/início da maioridade, eu queria ter cabelo comprido. Cheguei a conversar com vários cabelereiros pra entender como que poderia fazer isso, já que tenho muito cabelo, e isso ocasionava um crescimento uniforme, também conhecido como “cabelo de Playmobil” ou “capacete de motoqueiro de Harley”.

Definição: aquele cabelo que cresce pra cima e pros lados, mas raramente vai pra baixo

Como era muito custoso deixar o cabelo crescer sem parecer um mini-craque, aliado à minha já existente baixa autoestima, desisti do sonho. Mas ao ver meu filho, com 13 meses de cabeleira crescida, com os mullets já passando da altura do ombro, era como se o sucesso fosse meu. Todos ficavam encantados com a vasta cabeleira do moleque, até que um dia uma certa pessoa disse que ele parecia um filho de beduíno. Não sabia o que era e fui pesquisar. Então, decidi cortar.

Pra quem tá curioso: essas são crianças beduínas

Mentira, o problema na verdade foi que os cabelos já estavam atrapalhando na hora de prender a traqueostomia no pescoço (puxa daqui, levanta dali, etc). Aí, enfim, levamos ele para cortar as madeixas. Agora ele está com corte de “homenzinho”, que revelou exatamente os mesmos imensos redemoinhos que eu tenho. Ou seja - provavelmente ele terá os mesmos problemas se quiser deixar o cabelo crescer quando for mais velho. Pra variar, mais uma prova que eu só passei pra ele os genes ruins.

cabelo recém cortado X cabelo ao acordar

Essa é uma questão intrigante: quando é o momento certo pra levar o filho pra cortar o cabelo? Tem gente que diz que não deve ir muito cedo, que atrapalha o crescimento da cabeleira depois. Outros dizem que se deixar sem cortar por mais de um ano torna os cabelos fracos e sensíveis. Na minha opinião, a hora de cortar é quando disserem que ele está parecendo um filho de beduíno - a não ser que realmente seja um filho de beduíno, aí tá tudo bem.


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