Parece que o guri tá afim de aprender a falar. Há quase um mês ele começou com uns “UH!”, parecendo uma corujinha. Aí eu comecei a imitá-lo, e ele descobriu que podia me responder. Eis que virou um coral de corujas: ele fazia um “UH!” e eu respondia com um “OW!”, e por aí vai. Dali umas semanas, descobriu que não precisava só fazer bico, mas que podia emitir sons com a boca aberta, e também mudar os sons mesmo quando ele já está saindo. Assim, ele aprendeu quase todas as vogais - ainda falta o ”i” - e, de vez em quando, uns NH, G e M. Agora ele já tem capacidade para cantar o tema de abertura da Copa do Mundo.
Gooool da Alemanha!
Ele fica muito feliz por conseguir fazer barulhos: abana os braços, mexe as pernas e se empolga de um jeito que consigo imaginar Carruagem de Fogo tocando ao fundo. E é melhor você respondê-lo, senão ele fica bravo! O mais divertido é ver o esforço descomunal que ele faz para soltar esses sons: se concentra, bota os lábios pra dentro ou faz bico e começa a fazer ”HMMMMMMMMMMMMM” até finalmente sair o som com a boca aberta. Às vezes ele começa a falar enquanto chora, como se estivesse argumentando o motivo pelo qual a choradeira está a rolar.
Mas pai... A vida não é fácil!
O ápice foi na semana passada: ele (nos) acordou falando. Duas vezes. Quando o deixamos sozinho no carrinho de bebê ou deitado em algum lugar, ele começa a reclamar da nossa ausência, com todas as letras que já consegue pronunciar. Nesses dias também o flagrei “cantando” AC/DC (parece que meu pedido foi atendido) no carro.
Yeah!
Fico imaginando como vai ser quando ele finalmente falar de verdade (em inglês ou não), pois se ele está tão tagarela e exigente agora, daqui a uns anos deverei ter em casa um exímio comunicador. Eu falava demais quando era criança e minha esposa também adora falar pelos cotovelos. Realmente, parece que a fruta nunca cai longe do pé!
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