sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ficando velho

Semana passada, enquanto estava no banheiro da empresa escovando os dentes, dois homens entraram, conversando. O assunto: início das aulas dos filhos. Como tinham sido as férias, o preço do material escolar, o transtorno no trânsito para deixá-los no colégio… E assim a conversa deles evoluiu, numa comparação de como tinha sido pra um e pra outro, além de outros assuntos relacionados à casa, cotidiano e até preço de máquina de lavar. Eu pensei “nossa, que conversa de velho!”. Mas aí percebi que estou muito próximo de fazer o mesmo daqui a um tempo.


Se eu me basear nesse teste, tô ficando velho mesmo!

Bem, eu sou o único pai entre os meus colegas de trabalho e principais amigos, logo o papo dificilmente é sobre meu filho ou como andam as coisas lá em casa (embora admita que de vez em quando eu incluo algum acontecimento bebezístico nas conversas), mas acredito que, assim que o primeiro deles tiver um filho também, o assunto vai ser alterado.

É um passo natural na escala evolutiva de jovem para adulto, afinal os assuntos na roda de colegas nas empresas que trabalhei antes eram sobre baladas, carros, o que íamos fazer fim de semana, video games… Bem, video game ainda é um assunto recorrente. Mas o resto tem mudado com o tempo. Quanto falta para o assunto principal ser máquina de lavar roupas?


Prevendo meu futuro...

Normalmente ligamos o fato de parar de sair todo fim de semana e começar a levar fotos 3x4 dos filhos na carteira como sintomas de “ficar velho”, mas na verdade é um sintoma de “virar pai”. Li há alguns dias que, enquanto a mulher vira mãe aos poucos (tendo todos os sentimentos de gestação, dar de mamar, etc.), o homem vira pai de uma hora pra outra. Não é verdade. Nós, homens, também viramos pai aos poucos, e com uma curva de aprendizado bem maior. Pequenos detalhes - desde aprender qual fralda comprar até saber consertar a rodinha do carrinho que quebrou - nos moldam até virar um pai “de responsa”, daquele que comenta sobre o dia a dia do filho no trabalho. Após ver aqueles dois conversando, notei que ainda tenho muito a remar.

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