domingo, 13 de julho de 2014

For Those About To Rock - I Salute You

Hoje é o Dia Mundial do Rock (horns up!). Desde que comecei a entender o que é música de verdade, sempre preferi essa vertente. Cheguei a me vestir apenas de preto num período da vida, ouvia bandas de heavy metal lado B, garimpava bandas desconhecidas que tivessem um som razoavelmente bom e execrava qualquer outro estilo musical. Hoje já sou um pouco (UM POUCO) mais maleável. Gosto de algumas coisas de MPB também e não me importo tanto com músicas antigas que, na minha adolescência, eu não ouviria nem por decreto.


Embora seja um músico (muito) amador, acredito que sei apreciar um bom arranjo musical, uma voz bem afinada e separar um riff bem elaborado de um feito nas coxas, utilizando uma escala pentatônica qualquer. Baseado nisso, me acho no direito de dizer: 99% dos grupos/bandas/cantores/cantoras atuais que fazem sucesso são LIXO MUSICAL.

“Você tem que ser mais eclético”, você pode dizer. Não sei quantas vezes já escutei isso. Mas a meu ver, gostar de tudo é gostar de nada. E aí entra o meu ponto: o que meu filho irá escutar???

Eu moro na “periferia”, por assim dizer. Muitos dos adolescentes que vejo perambulando nas ruas próximas de casa estão de boné gigante de aba reta, tênis 3 números maiores do que o pé e calças na altura do joelho. Quando não é assim, é camiseta polo, corrente de prata/ouro, brinquinho e cabelo oxigenado. O que quebra, talvez, é uma ou outra fã de Demi Lovato ou Justin Bieber. Me dá 3 tipos de arrepio em pensar no meu filho pedindo pra eu levá-lo no show do Jeito Moleque, do Nx Zero, de alguma dupla de sertanejo universitário ou de qualquer "hip-hop ostentação". Se for funkeiro então, aí eu vou sentir que fracassei completamente na missão de ser um bom pai.

Pode parecer preconceito - e deve ser mesmo. Mas assim que for possível, farei de tudo para ensiná-lo a gostar das músicas que eu gosto. Quero que ele durma ao som de Nothing Else Matters e dance e pule com Dancing With Myself. Quero vê-lo aprender Come As You Are no violão, a reconhecer a voz do Ozzy, a enxergar Foo Fighters como eu enxerguei Led Zeppelin quando era mais novo. Sei que isso bate de frente com um dos meus textos anteriores, sobre tentar não influenciar o guri, mas creio que os pais devem mostrar para os filhos a diferença entre o certo e o errado. Para mim, o certo é ouvir o bom e velho rock n’ roll.


Nenhum comentário:

Postar um comentário