quinta-feira, 3 de julho de 2014

The Brucioêine Rises

Eu sempre fui muito mais fã dos heróis da Marvel do que da DC, ou qualquer outra editora de quadrinhos de fantasia. Tenho até hoje uma coleção de 3 ou 4 anos de gibis - infelizmente prejudicada pela enchente de 2004, provocada pelo vazamento da caixa d’água do escritório em que eu trabalhava, e a grande enchente de 2012, graças a um registro quebrado no banheiro. Meu super herói favorito sempre foi o Gambit, dos X-Men, seguido muito de perto pelo Homem Aranha (obs.: se você só os conhece graças aos filmes, não se deixe enganar. Nos quadrinhos é que a mágica acontece).

Quando descobri que teríamos um menino, resolvi postar um nome de brincadeira no Facebook, daqueles estilo “gringo abrasileirado”, vide Madeinusa, Waldisnei ou Lirodiou. Estranhamente o primeiro nome que me veio à mente foi “Bruce Wayne” (vulgo “Batman”, para os mais desinformados). No caso, virou “Brucioêine”. Pegou. E pegou forte. Muitos dos meus amigos me perguntam “e como está o Bruci?”, ou quando compram algum presente falam “esse é do Brucioêine”. Até um body com o símbolo do Batman ele já ganhou.

Engraçado, não? Antes mesmo de nascer o guri já tem uma ligação muito forte com um super-herói que faz parte do universo de quadrinhos rival ao qual eu sempre amei! Isso me faz pensar em quantos gostos contrários nós teremos. Quero que ele torça para o mesmo time que eu (esse é sagrado!), ouça as mesmas músicas que eu, tenha a mesma religião que eu, goste das mesmas comidas, das mesmas piadas, das mesmas brincadeiras, tenha as mesmas paixões… Mas como saber qual o limite entre a influência e a imposição? Como ter certeza que ele gosta de algo porque faz parte dele ou porque eu fiz uma espécie de “lavagem cerebral” durante todo o seu crescimento? Ou ainda: se eu não causasse nenhum tipo de influência, será que ele ainda teria afinidades comigo? Ou o simples fato de eu ser seu pai fará com que os seus gostos sejam parecidos com os meus?

É difícil aceitar o “viva e deixe viver” quando a vida em questão é a do seu filho. mas independente disso, acredito que a maior preocupação que eu devo ter durante todo o “processo” é tentar não influenciar a criança de forma negativa. Nenhum pai em sã consciência tem intenção de ensinar o errado ao filho, a fazê-lo ir contra seus princípios, mas somos humanos, e de vez em quando erramos sem querer. Basta lembrar que a culpa dessa conexão “Filho>Batman” é minha.

P.S.: Sim, o layout do site é uma ligação direta a esse fato.



2 comentários:

  1. meu comentario original era:

    eu tive que clicar em Lirodiou pra descobrir o nome original que o inspirou. nao consegui decifrar sozinha!

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