quarta-feira, 29 de julho de 2015

Festa de 1 ano


Você, leitor, já parou para pensar friamente a respeito de tudo que engloba uma festa de aniversário de 1 ano? Já estive presente em várias, mas nunca do lado do anfitrião - até esse último fim de semana. Eis alguns dos fatos que pude presenciar e analisar a respeito, tanto como convidado quanto como financiador:


1- Doces e salgados para todos - menos para o aniversariante:
Quem não gosta de coxinha, bolinha de queijo, brigadeiro e afins, não é? Ir a festas de aniversário é sinônimo de comida boa (e nada saudável). Mas e o aniversariante, que tem apenas 1 ano e mal tem dentes para tirar um pedaço de cajuzinho - fora a quantidade não recomendável de açúcar? Esse vai ter que se contentar com uma fruta amassada, uma mamadeira ou uma papinha. Meio injusto, não?

mnomnomnomnomnom


2- Crianças!
Sim, festa de criança tem que ter quase que obrigatoriamente mais crianças. Mas quando se tem um ano, não há muita oportunidade para interagir. O que acontece? As outras crianças acabam brincando com os presentes, enquanto o aniversariante se diverte, sozinho, com o embrulho colorido de um dos brinquedos.

“HUEHUEHEUHEU, rasgou o papel! HUEHUEHEUHEU!”


3- Muvuca:
A festa tem, pelo menos, 20 pessoas diferentes, falando alto e mexendo com a criança. Ela provavelmente não está acostumada com isso, e vai se manifestar negativamente com esse assédio - leia-se “chorar e querer os pais”. E esse ponto faz uma ligação direta com o fato número 4.

“Não é a mamãe! Não é a mamãe!”


4- O “Parabéns a você” do terror
Imagine-se como uma criança de 1 ano. Você não entende 99% do mundo à sua volta, não sabe falar, não sabe se expressar e se assusta com barulhos altos. Aí, um monte de pessoas estão à sua frente - muitos deles você nem sabe quem são - e começam, todos juntos, a berrar uma canção e bater efusivamente uma mão na outra, causando um som estridente e contínuo. Você com certeza vai chorar, assustado. E é isso que normalmente acontece com a criança.

Esse é outro problema que pode ocorrer durante o “Parabéns”


5- Hora da naninha
Não importa o dia e horário em que a festa será feita, em algum momento a criança vai dormir. Crianças tiram uma soneca de sete a oito vezes por dia (“inveja” define), e por isso é natural que o dono da festa se ausente em busca do mundo dos sonhos.

“A festa tá bombando, galera!”


Lembro que, sempre que eu e minha esposa conversávamos a respeito do aniversário de 1 ano, falávamos que iríamos fazer algo pequeno e super simples - afinal a criança nem ia aproveitar a festa direito. Apesar disso (e de todos os fatos acima), acabamos por convidar mais gente do que tínhamos pensado a princípio, e também fizemos uma decoração bonita e fofa. Ele não deve ter curtido tanto quanto nós, e também não vai se lembrar de nada relacionado à festa, mas aprendemos que a festa É SIM necessária, pois NÓS precisamos comemorar o primeiro ano de vida desse pequeno rapazote - principalmente após todo o perrengue que passamos durante esse período (aqui, aqui e aqui), e que ele tirou de letra. Por isso, e por muito mais, ele está de parabéns.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Festa!

Com a benção do pediatra, pudemos organizar uma festinha simbólica para o guri, afinal só se faz 1 ano uma vez Emoticon tongue

Foi pequena, apenas para tios, avós e padrinhos, mas tentamos fazer algo para ser lembrado. Por isso, tudo - decoração, doces, bolo - foi feito por nós mesmos. Foi cansativo, mas gratificante. O resultado está na foto abaixo.



Não entendeu o motivo para a decoração ser do Batman? Tá explicado aqui.




quinta-feira, 23 de julho de 2015

O silêncio dos inocentes


A saga do hospital durou 28 dias. Resumindo, iniciou com uma suspeita de laringite e terminou com um inchaço na garganta, que o impede de respirar a plenos pulmões. Solução? Uma traqueostomia.

Pra quem não sabe, traqueostomia é um procedimento cirúrgico onde o médico abre um orifício na traqueia e coloca um cano (de plástico, temporariamente, e depois de metal), por onde o paciente respira. Os efeitos colaterais são fáceis de se imaginar: maior propensão a pegar doenças respiratórias e, principalmente, não conseguir usar as cordas vocais.

...

O médico não tem como precisar exatamente o que causou esse inchaço. Ele nos deu algumas hipóteses, mas isso, na verdade, pouco importa. O importante mesmo é como ele vai se recuperar, e - feliz ou infelizmente - é apenas com o tempo. O inchaço vai diminuir aos poucos, até que ele possa, enfim, tirar a cânula de respiração. Isso pode demorar semanas, meses ou até 1 ou 2 anos.

O que sobra é apenas aguardar, e acompanhar a evolução. Em meio a tudo isso, o que nos faz esquecer do problema é exatamente o maior afetado: o guri. Ele brinca, sorri e bagunça tudo como se nada estivesse acontecendo. Na verdade, mais que isso - ele está mais sorridente e espoleta do que nunca! E, dessa forma, consegue também, tirar de nós um sorriso fácil.

Party hard!

Assim, seguimos a vida, de volta à nossa rotina. Tudo parece como antes, mas agora no mudo. Por pouco tempo, espero.


sábado, 18 de julho de 2015

1 ano de Brucioêine

Hoje meu filho faz um ano de vida. Apesar dos problemas médicos das últimas semanas, ele continua vivo, saudável, não bebe, não fuma, não fez nenhuma tatuagem e não demonstra traços de traumas psicológicos. Logo, acredito que fiz um bom trabalho como pai nos últimos 365 dias.


Filho, só quando fizer 18... ANOS, ok?


Muitos falam que “eles crescem tão rápido”, ou que “parece que foi ontem que peguei ele pela primeira vez”. Eu vou na contramão e digo que estava contando os dias pra fechar esse ano. “Nossa, mas que pai insensível!” você pode pensar, mas calma - eu explico.


Ele nasceu prematuro, passou 18 dias numa encubadora. 18 longos dias. Depois, por conta da prematuridade, foram 3 meses de cuidados extremos pra mantê-lo longe de qualquer doença. No meio disso, o fato dele ter nascido com os pés tortos nos fez correr com ele para cima e para baixo, colocando gesso, tirando gesso, tirando raio-x, arruma de cá, aperta de lá, até ele começar a usar a bota ortopédica - que ele não pode tirar de forma alguma (exceto banho) até começar a andar por conta própria.


Ou seja: quis eu que o tempo passasse mais rápido pra vê-lo sofrer menos - e isso foi intensificado com a internação no hospital no último mês. Por isso, essa é uma data para ser comemorada, não só para celebrar a vida, para ensiná-lo a fazer o “1” com o dedo quando perguntarem quantos anos ele tem, pra ter uma desculpa de fazer festa e comer quantas coxinhas eu quiser sem culpa alguma, mas sim para marcar um período difícil não só pra nós, pais, mas pra ele também, que ele enfrentou com maestria e com um sorriso fácil no rosto.


Fuck yeah!


Feliz aniversário, guri. E que daqui em diante os dias passem mais rápido!



quinta-feira, 16 de julho de 2015

Chega de hospital!

Finalmente! Depois de 28 dias de hospital e indo de um lado pra outro, meu filho teve alta. A respeito disso, farei um outro post mais além. Por enquanto, saibam apenas que eu tinha feito uma promessa de não fazer a barba enquanto ele não voltasse pra casa. O resultado vocês vêem abaixo:



terça-feira, 7 de julho de 2015

Cadê o neném?

Sei que meu último texto foi meio meloso e cheio de mimimi, e o de hoje provavelmente também será. Ter o filho internado no hospital faz isso com as pessoas.


Hoje fazem exatos 19 dias que meu filho está internado. O quadro não é grave, é tudo uma questão de esperar pelo diagnóstico e pelo plano de ação dos médicos para curá-lo. Contudo, são 19 dias que ele não está em casa, e mesmo que ele esteja em nossas vidas há menos de um ano, é impossível não ter se habituado com a presença dele.


Ele não sabe falar, não sabe brincar, não sabe andar e mal consegue interagir conosco, mas ainda assim faz muita falta tê-lo conosco. Acordar no fim de semana às 6 da manhã com ele martelando o colchão do berço com os pés, e dando um sorriso quando vê que deu certo chamar a nossa atenção, com aquela cara inchada de quem recém acordou e todo descabelado, não parece mais tão frustrante. A birra antes de começar a comer agora é insignificante e até as trocas de fralda com os produtos mais radioativos chegam a dar saudade.


Até as bolhas de cuspe que eu sempre briguei pra ele não fazer porque molhavam toda a roupa agora parecem divertidas


Antes de virar pai, jamais poderia ter imaginado que coisas tão bobinhas quanto o bater de palmas, os gritinhos, o balbuciar, o balançar da cabeça e os ataques de fofura ao pegar um cobertor teriam tanta importância pra mim. O principal, com certeza, é vê-lo sorrir quando chego do trabalho em casa. É o que ele tem a nos oferecer em troca dos cuidados que temos com ele.


Os treinamentos de karatê também fazem falta

Durante esse período de vai e vem para o hospital e idas ao shopping para matar tempo entre uma visita e outra, encontrei um antigo professor meu. Obviamente entramos na conversa sobre filhos - que ele não tem, mas sua namorada tem - e ele me falou algo que realmente me fez pensar: “é incrível como uma criança pode tornar um ser humano tão altruísta, não é?”. É sim, professor. Quando você é pai, não mede esforços para garantir o bem estar da sua prole, e não espera nada em troca por isso. Ainda assim, o pequenino te dá esses pequenos gestos de gratidão e que acabam por fazer tanta falta na sua ausência.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

1 ano de Um Ser Pai!


Já vou avisando que o texto de hoje é longo. Se você não gosta de textos longos, ou hoje não está com ânimo para desbravar muitas linhas de leitura, peço que, pelo menos, leia os 2 últimos parágrafos. Mas se você é uma pessoa adorável e com um pouco de tempo livre, agradeço se puder ler tudo.





Hoje o blog completa um ano, e como todo fim de ciclo, me fez olhar pra trás e pensar em tudo que foi percorrido até aqui. Isto posto, decidi responder algumas perguntas que já me fizeram e outras que eu mesmo me faço até hoje. Segue abaixo.


  • Por que fiz o blog


Muitos já me perguntaram isso, e a resposta oficial é: não sei. Era início da madrugada, e eu estava sem sono, pensando em tudo que estava acontecendo: eu estava prestes a ter um filho, sem ter a mínima noção se saberia como lidar com isso, aliado ao fato de já saber que havia o risco dele ser prematuro (o que acabou acontecendo). Escrever foi a forma que encontrei para externar tudo o que sentia no momento. Tal fato gerou os 3 primeiros textos do blog.


  • Por que continuei


No início realmente foi uma terapia. Servia muito mais como um desabafo, mas ao mesmo tempo eu lia e relia o que havia escrito e pensava “isso pode ficar bom”. Então comecei a tentar divulgar mais o blog, pensando que poderia ajudar mais gente. Contudo, estou longe de ser um grande marqueteiro, muito menos um mendigo de likes. Por isso, tentei pouquíssimas parcerias, pedi poucas vezes para ajudarem na divulgação e fiz meu jabá apenas uma vez ou outra. Num determinado momento, através de uma das parcerias, comecei a ganhar mais likes na página, e a coisa foi crescendo. Hoje ultrapassamos os 1.100 fãs.


  • Até onde vai


Boa pergunta. Talvez eu encerre agora, quando o guri fizer 1 ano. Talvez eu encerre daqui a 4 anos. Talvez eu conte como é cuidar de um filho até ele terminar a faculdade. Talvez eu escreva até o Brasil ser hexacampeão. Talvez eu espere ter outro filho. Acho que vou escrever enquanto achar que devo, enquanto pensar que o que escrevo é relevante. Isso depende diretamente do tópico a seguir.


  • Próximos passos


Sabe aquela história do cão que corre atrás do carro, mas não sabe o que fazer quando o carro pára? É assim que me sinto quanto ao blog: eu gostaria de fazê-lo BOMBAR, entrar em trending topics, aparecer como sugestão de outros sites relacionados, escrever um livro com os melhores textos e vendê-lo por 5 reais, pra ser acessível e popular. Mas como eu disse acima, não sou marqueteiro, e não sei como fazer isso. Já me disseram pra tentar expôr mais o dia-a-dia, pois as pessoas gostam disso. Outros já falaram pra eu começar a fazer vídeos no Youtube. Teve ainda quem falou que eu tenho que mendigar like mesmo, pedir na cara dura, entrar em páginas mais famosas e deixar meu pedido de "curta e compartilhe". Bem, eu não sou assim, e aí que entra o impasse.
Os leitores mais assíduos já devem ter reparado isso, mas eu não digo meu nome, nem da minha esposa, nem do meu filho, e nem de terceiros que participam dos textos. Também não defino diretamente o que faço da vida, onde moramos e outros detalhes mais privados. Isso se dá por 3 motivos:

1- Não gosto de me expor, muito menos expor meu filho. Redes sociais e tecnologias de streaming podem ser ótimos veículos para expandir informações e conhecimento, mas também podem fazer pessoas que você sequer conhece entrarem na sua vida e saber mais de você do que gostaria. Tem muita gente do bem no mundo, mas também tem o outro lado, e eu tento evitar isso;

2- Sou tímido. Pode não parecer pelos textos, mas na verdade eu já odeio fotos. Aparecer em vídeo então, nem se fala. Se for pra eu falar para um público, pior ainda. Eu não conseguiria ser um vlogger nem se tomasse 5 doses de tequila por gravação (embora o resultado disso pudesse ser engraçado);

3- O mais importante: quero que os textos sejam da forma mais abstrata possível, para que você, leitor, consiga assumir o meu papel e sentir um pouco de como eu me sinto. Talvez você já tenha passado por uma situação parecida com as que eu relato, e pense “é assim mesmo”. Se não passou, quero que consiga imaginar ao máximo como seria contigo, e como talvez você que procederia da mesma forma, mesmo pensando diferente de mim.

  • Os dois últimos parágrafos

Por isso, hoje, com 1 ano de blog e quase 90 textos publicados, eu só posso pedir a cada um de vocês: se você gosta realmente dos textos, divulgue a página para seus amigos, para pessoas que estão esperando por filhos ou que já tiveram seu primeiro rebento. Se gostou de um determinado texto, não deixe de curtir. Se achou ele o máximo, compartilhe com seus amigos, envie um tweet, publique nos grupos do Whatsapp, cole cartazes nos postes da sua cidade com o endereço do blog - ou coloque num outdoor, se você tiver mais dinheiro. Se por acaso gostou do texto e quer acrescentar algo, perguntar algo ou deixar um relato, não pense duas vezes: comente nos textos, seja no Facebook ou no próprio blog. Se você discorda e me acha um babaca, comente também! É sempre bom ter um feedback. Se você tem ideias, críticas ou sugestões, escreva na página, num comentário ou me mande um inbox, mas por favor, participe! Eu não tenho nada a oferecer além dos textos e uma tentativa ou outra de arrancar um riso da cara de cada leitor. Se isso é o suficiente para você, que aguentou ler até agora, quero que saiba que só tenho você como auxílio para divulgar o blog sem parecer um chato ou um completo idiota. Se conseguirmos juntos fazer essa página subir de nível, prometo que vou colocar o nome de todos vocês nos créditos do meu livro de 5 reais. Só não prometo que será 5 reais porque ainda tenho que ver quais são os custos, e tudo mais. Vocês me entendem, né?

Obrigado a todos que leram até aqui, que apoiam essa página e que participam ativamente das postagens. Um beijo na alma de cada um de vocês!